quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Política para vida

Convenhamos que a maior deficiência da humanidade está em admitir a própria concupisciência ou como o bom Maquiavel avaliaria, a sua incapacidade de viver socialmente. Eis aqui um bom paradoxo. Não é o homem um animal social?


Aristóteles nos define: "O homem é um animal político", sem contudo levar em conta a imoralidade das paixões sucessivas, incessantes e avassaladoras. Mas mesmo o discípulo de Platão concorda com o mestre, assim como este com Sócrates, que tal moralidade é a base da política. Tal conceito é grego demais para ser analisado friamente.


Agora vemos a insanidade da sociedade que questiona a crise ética, incapaz de perceber uma obviedade: o homem não se degenerou em um ser individualista por egoísmo, exacerbação de paixões ou por pura maldade. É assim que se vive no nosso mundo social e econômico, a nossa selva forma animais selvagens e os prepara, os condiciona a uma existência utilitarista. O que também não é novidade... Sendo assim, é possível falar de democracia hoje?



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